Demos Adeus a Patti McGee, uma verdadeira pioneira e ícone no mundo do skate. 🛹💕
No dia 16/10/24 ela morreu devido a um AVC. Patti Mcgee tinha 79 anos e era ativa no meio do skate.
Patti McGee foi a primeira mulher a se tornar uma skatista profissional e a viajar por diferentes lugares divulgando o esporte. Ela nasceu na Califórnia em 1945 e, no início da adolescência, começou a praticar surf, porém logo levou para o asfalto a adrenalina que sentia em cima de uma prancha.
Na época, não havia lugares para a prática de skate e Patti e seus amigos entravam em estacionamentos vazios para treinarem diferentes manobras.
Em 1965, com 19 anos de idade, Patti McGee venceu o Campeonato Nacional dos Estados Unidos e escreveu seu nome na história do esporte com as manobras que fazia como o e seu lendário handstand, que se tornou um movimento característico que inspirou muitas meninas. Depois dessa importante vitória, ela passou a ser patrocinada pela Hobie Skates, estampou capas de revistas como a Life e começou a viajar pelos Estados Unidos para divulgar o esporte, popularizando-o principalmente entre os mais jovens e impulsionando o skate feminino para os holofotes.
Em 2010, ela foi a primeira mulher a ser introduzida no Hall da Fama do Skate, uma prova de sua influência e legado duradouros.
There Goes Patti McGee! é uma biografia inspiradora em livro ilustrado da primeira skatista profissional e vencedora do Campeonato Nacional de Skate Feminino de 1964 de Tootie Nienow e Erika Medina .
Feito pelas ilustrações dinâmicas e alegres de Erika Medina, There Goes Patti McGee! nos mostra a vitória de Patti em primeiro lugar na divisão feminina do Campeonato Nacional de Skate de 1964. Ela impressionou os juízes com o que se tornaria seu movimento característico: o handstand ( uma “invertida” em cima do skate. Patti McGee prova que qualquer um pode andar de skate.
Patti foi uma grande inspiração para mulheres do mundo todo. O espírito, o talento e a dedicação de Patti viverão em cada skatista que sonha alto e ultrapassa os limites. Que seu legado continue para sempre.✨
Para chegar ao patamar mais alto do skate é preciso dedicação, muita dedicação. Horas, dias, anos de treinos (e muitos tombos). Praticar qualquer outra atividade além do skate é um desafio e tanto, mas há quem consiga se sair bem também em um segundo esporte. Lembramos aqui de 4 skatistas que são boas em outras modalidades.
Leticia era tão boa no futebol quanto no skate. Até chegar o momento de decidir entre os dois esportes. O tema foi até abordado na série Until 18 (assista no player abaixo). “Foi o momento que eu fiquei mais confusa na minha vida”, diz Leticia sobre a escolha. “Eu queria muito jogar futebol profissional, mas eu também queria conseguir viver do skate”, lembra.
Cara-Beth Burnside
Ela entrou para a história por ser a primeira mulher a estrelar a capa da prestigiada revista “Thrasher”, em agosto de 1989. Em 2003, realizou outro feito inédito ao assinar um modelo de tênis pela Vans. Mas os feitos da Cara-Beth não param por aí: ela também foi membro da equipe de snowboard dos Estados Unidos e quase foi ao pódio nos Jogos de 1998, em Nagano. Terminou em quarto lugar.
Yndiara Asp
Outra skatista brasileira do primeiro escalão mundial, Yndi é conhecida pela potência nas transições, além de conseguir transferir as habilidades e o flow do concreto para as ondas. “Eu agradeço ao surfe por permitir me conectar com a natureza de uma forma tão única”, diz.
Lyn-Z Pastrana
Lyn-Z Pastrana, é uma das melhores do mundo no skate vertical e casada com Travis Pastrana, um ícone do esportes a motor. Foi a primeira mulher a dar um 540 ( veja aqui ). Juntos, o casal gosta de andar de bicicleta em picos incríveis e inacessíveis, onde só é possível chegar de helicóptero.
Ingrid Barbosa é uma jovem natural de Fortaleza (CE) cheia alegria e sonhos. Ela é dona de um sorriso contagiante. Começou a andar de skate junto com os amigos na rua onde mora. A ideia de aprender novas manobras motivava ela a querer um skate com mais qualidade, já que o dela era daqueles de brinquedo que nos estarrecem.
Mesmo com dificuldades financeiras ela dava um jeito de continuar praticando, panfletava às vezes o dia inteiro pra comprar peças novas, e deu tudo certo!
Em uma dessas sessões de skate, Ingrid começou a sentir fortes dores na perna e após uma série de exames descobriu que tem uma doença chamada Trombofilia, que causa o surgimento de trombos que impedem a circulação sanguínea, causando o falecimento dos membros.
Recentemente, Ingrid precisou amputar uma perna, foi quando o projeto Divas Skateras conheceu a sua história, e se prontificou em ajudá-la. Tiveram a ideia de criar uma campanha para conseguir comprar sua prótese, e se uniu ao projeto americano Poseiden Foundation que oferece um alcance a nível mundial de doações.
Mas Ingrid teve seu quadro agravado e voltou para o hospital, dessa vez precisou ter seu braço amputado. Mas ainda assim, o sorriso e a sua motivação continuam, os sonhos também.
Portanto, gostaríamos de pedir a sua ajuda para dar a Ingrid uma melhor qualidade de vida para que ela volte a andar de skate e continue recebendo a assistência médica de que precisa!
Os fundos irão diretamente para Ingrid para ajudar com despesas médicas, cuidados de saúde adequados e obter uma prótese de braço e perna.
O Britney’s Crew é um coletivo (que nasceu no skate, mas seguiu adiante) engrenado por mulheres artistas, skatistas, makers, produtoras e variações, espalhadas pelo Brasil.
Diante do contexto em que a pandemia (COVID-19) colocou nosso país e o mundo, muitas de nós, sentimos as consequências chegarem a nossa realidade, como desemprego, dificuldades financeiras e domésticas, falta de suporte para higiene, além dos atropelamentos vindos do governo que atingem parte da população que já sofre com a falta de estrutura e políticas públicas efetivas.
Nossas necessidades nesse momento poderão ser supridas através de ajuda financeira. O coletivo, como alicerce dessa rede de mulheres sentiu o chamado e apresenta a vocês:
REDE BRITS – SUPORTE QUARENCRISE
A partir de arrecadação de fundos online (a famosa vaquinha), contamos com nossas alianças formadas ao longo dos anos desde a criação do coletivo (amigxs, marcas, e quem se identifica) buscando gerar uma renda extra para as ‘’brits’’ que se encontram em dificuldades pela vulnerabilidade financeira durante o período de quarentena e para a manutenção básica de gastos do coletivo.
O dinheiro arrecadado será distribuído às nossas integrantes (mapeadas através de um formulário de pesquisa de prioridades, baseado em maternidade, situação financeira e afins) por transferências, para conta de cada participante, coletada junto ao formulário inicial. A distribuição total terá um prazo de 15 dias após o recebimento do valor pela Benfeitoria.
Contribua para que estas mulheres, mães, artistas e autônomas tenham a possibilidade de continuar a quarentena em quanto for necessário para a existência de cada uma delas. Qualquer quantia é soma!
O google fez um vídeo simplificando o motivo do empoderamento feminino de uma forma educativa e legal atravéz da frase que muitas já escutaram ao longo da vida : Só podia ser mulher .
Hoje vemos muitas discussões em relação a isso e a verdade é que estamos entrando em uma nova era que esse tipo de comportamento sobre a mulher ficou pra trás. E quem as praticam é considerado retrogrado.
— Veja aqui um vídeo de skate feita somente por mulheres .
Isso é um caminho para alcançarmos a paz, igualdade e equilíbrio na sociedade. É a tão clamada nova era que esta impactando no estilo de vida, arte, profissão, skate e outros esportes.
Veja aqui também as principais conquistas no skate feminino. ( clica aqui )
Qual foi a frase mais machista que você mais escutou? escreva aqui pra nós.
O dia 08 de março é muito importante para nos lembrar a importância das conquistas das mulheres em todo o seguimento. Não é um dia apenas para ganhar presentes e sim para ganhar respeito e igualdade pois infelizmente viemos de uma era machista cheia de abusos tanto psicológicos como físicos. Esses abusos são tão enraizados que muitas pessoas , inclusive mulheres, não tem conhecimento de que pratica o machismo. Na religião, no acadêmico, nos esportes , na política e dentro de casa essa herança machista ainda é forte, por mais conquistas que já foram ganhas.
Hoje aqui no blog da Amee vamos falar das principais conquistas no skate feminino. Claro que a lista é grande mas vou fazer recordações das principais conquistas pela qual foi moldando o skate feminino aqui no Brasil.
• Zine de skate feminino Nos anos 80 ( até antes) e 90 já tinham mulheres praticando skate. Elas começaram pelo freestyle e depois foi ganhando espaço no street. Mas foram as meninas do zine C.I.O. – Check It Out- que começaram a fazer um movimento importante para ganhar mais espaço na cena do skate que era extremamente machista e radical ( em todo o sentido). E elas criaram um espaço só feminino através do zine que não era apenas o zine e sim um movimento que fazia um trabalho de formiguinha coletando e incentivando meninas por onde passavam. Nessa época era quase impossível ter um espaço nas revistas andando de skate. As responsáveis por essa revista era a Liza Aráujo ( @liz_angeles) ,Luciana Toledo (@luciana_toledo77) e Ana Paula Negrão ( @anapaulanegrao) e foi através delas que também fizeram o 1º vídeo de skate feminino : Dona Maria
zines Check It Out
Na capa do zine: Amanda- SP ( 2000) e Catarina Hu ( 1998)
Quando o Skate Para Meninas, CIO e a Poseiden fizeram uma tour trazendo skatistas gringas como a Vanessa Torres . Mais sobre:https://skatefemininobrasil.blogspot.com/2007/05/tour.html
Essas meninas do zine junto com outras skatistas da época também foram responsáveis por lutar para ter a categoria em campeonatos. Elas buscavam meninas para completar de 3 a 5 competidoras para rolar a categoria, muitas vezes sem premiação. Isso foi crescendo até que em São Caetano do Sul já rolava os campeonatos com a categoria ( começo dos anos 90) e com os nomes : Luana de Souza ( RIP), Giuliana Ricomini, Renata Paschini, Alessandra Jurardi entre outras meninas .
Liza também foi responsável, junto a outras skatistas, pelo 1º campeonato feminino no Brasil ( veja mais aqui).
O 1º video de skate feminino no Brasil.- Dona Maria.
Dentre as skatistas, a Cherry ( RIP)
A 1º associação de skate feminina
Em 2002 surge a necessidade de uma organização mais séria para regulamentar os campeonatos femininos no Brasil. Com a ajuda da CBSK ( na época com o Alexandre Vianna como presidente).
A intenção da ABSFE era regulamentar os campeonatos que tinham a categoria feminina com mais seriedade e clareza nos critérios de julgamento , a obrigatoriedade da categoria feminina nos principais eventos e circuitos (que contavam pontos no ranking brasileiro) e mais tarde a divisão de categorias ( Fem1, fem2 e profissional).
Essa associação que teve como diretoria no inicio as skatistas : Patrícia Rezende (GOIAS) –presidente, Tatiane Marques ( SP) – vice presidente, Marta Linaldi ( SP) – secretária, Karen Jones (SP) – departamento de comunicações e relações publicas, Patiane Freitas(SP)- departamento de esportes, Ana Paula, Marcia (marca Bruaka) e Monica Messias (SP) – Departamento financeiro e Mirelle ( SP) – departamento jurídico. Depois foi mudando e tendo parceiras importante como a Evelyn Leine, Christie Aleixo e Renata Paschini .
logo da ABSFE criada pela skatista Tat Marques
Dessa associação surgiram muitas ideias como: Oficinas de skate só para as meninas que teve iniciativa da Evelyn Leine ( na época ela tinha o site ” skate para meninas” ) campeonatos só para meninas e circuitos da ABSFE que eram só femininos com divisão de categoria e homologado pela CBSK. Foram grandes conquistas que deu andamento para muitos eventos importante de hj e associações como a AFSK. Todo esse trabalho fez o skate feminino crescer na época surgindo nomes importantes no skate. Nessa época surgiam os blogs e sites direcionados só para skate feminino. O skate saia do papel e surgiam os sites: Garotas no Comando ( era da skatista Karen Jones), Skate Feminino Brasil ( da skatista Tat Marques ), Skate para Meninas ( da skatista Evelyn Leine) e depois o Divas Skateras ( da skatista Estefania Lima).
1º campeonato feminino da ABSFE realizado pela Patiane e Karen Jones na pista da Lapa Onboard – SP em 2002 fonte: Skate Feminino Brasil
Esse foi o 1º circuito da Absfe, realizado pela Tat Marques e Evelyn Leine, com 2 categorias ( fem1 e fem2 ) e a modalidade mini ramp. Veja mais sobre os resultados : Skate Feminino Brasil
Rolava Oficinas de Skate idealizados pela Evelyn Leine, que mais tarde foi responsável por um dos principais eventos feminino do Brasil: O Copa Skate Para Meninas
Campeonato Brasileiro de skate feminino realizado pela AFSK que começou em 2011 com 30 participantes e chegou a 180 skatistas divididas nas categorias: mirim, fem1, fem2, master e gran master em 2 modalidades: street e bowl.
Categoria profissional no skate feminino
O que era motivo de piada anos atras virou realidade através de muito esforço e skate! A categoria feminina precisava de mais um degrau para continuar essa evolução e foi chegada a hora de ter a categoria profissional no skate feminino com as primeiras profissionais : Christie Aleixo ( downhill), Karen Jones ( vertical), Renata Paschini ( vertical), Leticia Bufoni ( street) e Ligiane Xuxa ( Street) . Hj temos muitas profissionais mas a primeira foi em 2000 com a Christie Aleixo. E com isso veio os campeonatos profissionais só feminino ( Na verdade ja tinha la fora -USA_ e as meninas iam pra la competir) mais tarde aqui no Brasil com o campeonato realizada pela AFSK o Super Street Pro, em 2016 onde a Karen Feitosa e a Pamela Rosa passaram pra pro.
As skatistas começaram a assinar produtos como profissionais e a 1º foi a Ligiane Xuxa assinando seu pro model ( shape) da Amee Skate , logo veio a Karen Jones assinando tênis da Mary Jane e Renata Paschini também assinando shape pela Rattrap.
Christie Aleixo – a 1º mulher a virar profissional( 2011) no skate brasileiro.
Video de lançamento do pro model da Ligiane Xuxa com a marca Amee Skate Arte
Igualdade na premiação
Não é novidade a diferença de premiação entre homens e mulheres em um evento. Em um evento e cotas/ salários para as skatistas / atletas. Isso não é uma realidade só no skate mas em todas as areas : moda, design, advocacia… e assim vai. Mas foi em um campeonato do Oi STU Open que aconteceu em 2016 que veio a tona essa questão.
A diferença entre valores nas premiações das meninas e meninos era gritante! Heis que rolou um movimento, não somente do skate, com a força da internet, mas com a sociedade toda que ficou indignada de ver essa diferença.
Essa foi uma questão importante que foi levantada e hj muitos eventos já igualaram as premiações dando mais oportunidade de crescimento para as skatistas que se dedicam a isso.
Ainda existe muitos atos machistas no meio do skate e nas maiorias do esporte. Mas o importante é saber que o trabalho esta sendo feito e as coisas estão melhorando. A conscientização sempre é o melhor caminho.
US filmmaker Carol Dysinger (L) and director Elena Andreicheva accept the award for Best Short Subject Documentary for “Learning to Skateboard in a Warzone (If You’re a Girl)” during the 92nd Oscars at the Dolby Theatre in Hollywood, California on February 9, 2020. (Photo by Mark RALSTON / AFP) (Photo by MARK RALSTON/AFP via Getty Images)
É incrível o projeto do @skateistan em Kabul no Afeganistão!
Um projeto para as meninas estudarem e andarem de skate, motivando-as a crescer forte e lutar pelo que acreditam e querem ser quando se tornarem adultas, mesmo a tanta opressão com mulheres ainda nesse lugar!
Parabéns @skateistan! 👏🏼👏🏼
Isso levou a @grainmedia com a diretora Carol Dysinger fazer um documentário curta-metragem que ganhou o Oscar esse ano! Isso é sensacional!
Você pode ver o trailler clicando no link da bio deles! Ou você pode tentar assistir o documentário pelo @aetv.
O INTERADIVASé um espaço dentro do @divaskateras onde são feitas mini entrevistas com as skatistas mais influentes do Brasil pela skatista Tat Marques. E a skatista dessa vez é a Catarina Huh (@catarinahuh) uma skatista 90’s !! Começou a andar em 1996 e inspirou muita menina com seu estilo técnico nas bordas e nas ruas.
⚒️
DVS – Quem te inspira a andar de skate?
CH – Nora Vasconcelos, Vitória Bortolo, Vitoria Mendonça além dos meus amigos Pat, Thiago Garcia e Jeorge Simas.
DVS – Qual manobra vc mais gosta de mandar?
CH – Qualquer uma que seja bem dada.
DVS – Qual manobra vc quer aprender?
CH – Qualquer uma que seja nova.
DVS – Deixa uma mensagem p as skatistas:
CH – Melhor do que não cair, é aprender a cair.
Vocês também se inspiraram em alguma skatista dos anos 90? Marque ela aqui nos comentarios 😉✌️
.
.
.
Por: @tat_marques