Ingrid Barbosa é uma jovem natural de Fortaleza (CE) cheia alegria e sonhos. Ela é dona de um sorriso contagiante. Começou a andar de skate junto com os amigos na rua onde mora. A ideia de aprender novas manobras motivava ela a querer um skate com mais qualidade, já que o dela era daqueles de brinquedo que nos estarrecem.
Mesmo com dificuldades financeiras ela dava um jeito de continuar praticando, panfletava às vezes o dia inteiro pra comprar peças novas, e deu tudo certo!
Em uma dessas sessões de skate, Ingrid começou a sentir fortes dores na perna e após uma série de exames descobriu que tem uma doença chamada Trombofilia, que causa o surgimento de trombos que impedem a circulação sanguínea, causando o falecimento dos membros.
Recentemente, Ingrid precisou amputar uma perna, foi quando o projeto Divas Skateras conheceu a sua história, e se prontificou em ajudá-la. Tiveram a ideia de criar uma campanha para conseguir comprar sua prótese, e se uniu ao projeto americano Poseiden Foundation que oferece um alcance a nível mundial de doações.
Mas Ingrid teve seu quadro agravado e voltou para o hospital, dessa vez precisou ter seu braço amputado. Mas ainda assim, o sorriso e a sua motivação continuam, os sonhos também.
Portanto, gostaríamos de pedir a sua ajuda para dar a Ingrid uma melhor qualidade de vida para que ela volte a andar de skate e continue recebendo a assistência médica de que precisa!
Os fundos irão diretamente para Ingrid para ajudar com despesas médicas, cuidados de saúde adequados e obter uma prótese de braço e perna.
Estamos em tempos de expansão no skate feminino : fotógrafas, videomakers, jornalistas ou geradoras de conteúdos. O skate feminino, para crescer ainda mais, precisa de mulheres que não só andam de skate mas de mulheres que ajudam a fazer o skate acontecer. Os workshop que a Vans + The Skate Witches estão oferecendo é muito legal! São dicas bem legais para as meninas que querem crescer para essa parte da CULTURA e ajudar o skate feminino. E é sempre legal sabermos da historia de onde vem certas culturas e projetar uma visão de ” pra onde iremos ou queremos ir”. Segue um pouco da historia sobre o Zine e mais abaixo os workshop ( videos) bem legais com mulheres que entendem do assunto e os links para se inscrever e concorrer a premiações da Vans e ter o seu zine publicado! Amee
Vocês sabem o que é um zine? Muito famoso na década de 70, 80 e 90 focado em seguimentos específicos e sempre expondo pensamentos, artes e notícias o zine ( ou fanzine) era em formato de revistinha, preto e branco ( xerox e colagem) as vezes em papel sulfite branco ou papel sulfite colorido. Eram distribuídos em eventos, shows, campeonatos de skate ou enviado por correios. Era uma forma de expressar e de estar por dentro no que acontecia no mundo do skate, no mundo da música, da arte, das ruas nas décadas onde não existia a internet.
Um zine é um trabalho auto-publicado de pequena circulação de textos e imagens originais ou apropriados, geralmente reproduzidos por fotocopiadora. Os zines são o produto de uma única pessoa ou de um grupo muito pequeno e são popularmente fotocopiados em impressões físicas para circulação.
Wickipédia
Teve seu início na década de 1930, nos Estados Unidos, para denominar revistas produzidas por aficionados por ficção científica, gênero literário que ainda não encontrava espaço nas publicações do circuito comercial. A palavra vem da contração das palavras de língua inglesa fanatic – fã – e magazine – revista”. Possivelmente, o primeiro fanzine foi o The Comet, feito por Ray A. Palmer e lançado em 1930. Mas há outros candidatos como o Cosmic Stories. Produzido por um cara chamado Jerry Siegel que, ao ter suas histórias em quadrinhos recusadas pelas grandes revistas da época, resolveu publicá-las por sua conta, ainda que de maneira precária. A primeira edição teria saído em 1929. Alguns anos depois, Siegel criaria (junto com Joe Shuster) um personagem chamado Superman, o que dispensa comentários.
Aqui no Brasil teve muitas, uma foi bem importante pra o skate feminino : o zine C.I.O. (Check It Out) que falava de moda, skate feminino, entrevistas e de campeonatos. O zine que mais tarde virou revista inspirou muitas meninas a andar de skate além de manter-las informadas sobre o movimento feminino.
Kristin Ebeling e Shari White são as fundadoras de um zine chamado “The Skate Witches”, que foi criado especificamente para as mulheres skatistas e para o público LGBTQIA+, sem identificação de gênero, para compartilhar a experiência da expressão coletiva criativa através do amor pelo skate.
O zine se modernizou, ganhou o aliado “internet” e as tecnologias para adiquirir imagens, cores e informações. E o melhor: feito manualmente, técnica que esta ganhando cada vez mais espaço nessa era plástica e rápida.
E a Vans junto com as meninas do The Skate Witches estão fazendo workshop para quem quer ingressar ou mostrar seu trabalho em formato de zine.
Da um check neste link para se inscreverem. Vai até o dia 05/09
Workshops de fotografia, vídeo e texto da Vans + The Skate Witches
WORKSHOP #1 – FOTOGRAFIA
Desafio Iniciante
Envie uma foto utilizando as dicas do workshop. Formatos de imagem aceitos: .jpeg, .png e .heic
Desafio Avançado
Envie sua melhor coleção de fotos para o zine. Incorpore estilos diferentes: retrato, lentes tele, fisheye e mais. As fotos devem ser enviadas em um único arquivo .zip com cinco fotos.
WORKSHOP #2 – VÍDEO
Envie um link de YouTube ou Vimeo ou link para download do vídeo.
WORKSHOP #3 – TEXTO
Utilize as dicas do workshop e envie um texto ou história sobre skate, a cena e sua vivência. Formatos de arquivos aceitos: .doc, .txt
Enviando seus conteúdos autorais até o dia 05/09/2020, eles poderão entrar no zine e no vídeo do projeto global. Todos também estarão concorrendo a 01 ano de produtos da Vans.
Conheço a Karen Jones há uns 16/17 anos e o que sempre me chamou à atenção foi a criatividade, multiatividades e o foco que tinha em seus diferentes objetivos.
Influência pesada na propagação do skate feminino com suas inúmeras aparições em revistas, tvs (já foi entrevistada pelo Jo Soares) e em propagandas. 1ª campeã mundial no vertical, representante brasileira do skate feminino em campeonatos dessa categoria, quando ainda estava em expansão.
Lembro quando a vi acertar pela primeira vez um Bs Flip Indy, no half do Mineirinho (2005/2006), foi ali que eu tive certeza que o feminino no Brasil não ia ter limites.
Lançou seu novo EP – O pequeno Excesso que você escuta clicando aqui.
Acompanhem a entrevista da multi artera Karen Jones e suas artes atuais.
DVS – O skate pra você é?
Um caminho.
DVS – Qual é a sua arte?
Atualmente música.
DVS – O que te fez seguir neste estilo?
Faz muito sentido pra mim escrever e tocar. Desde que tive acesso a programas de gravação de áudio, fui fuçando, explorando sons, empilhando melodias.
DVS – Qual a relação do skate com a sua arte?
A música faz parte do dia a dia, e escrever sobre também. Eu sofri muitas desilusões amorosas, poucas dentro do skate até. No fim das contas, acabo falando de sentimento. Acho que o skate influencia na maneira como vejo o mundo, as pessoas que tenho contato e como sou moldada por tudo isso também. Tive oportunidade de viajar, conhecer muitas culturas e acho que isso acaba refletindo no que produzo.
DVS – De onde veio e vem a inspiração?
Vou falar mais sobre a fase atual, senão vai virar um livro, rs. Acho que vem da simplicidade. De não complicar, de fazer “sem pensar”, sem deixar enroscar. Eu tenho tendência a ser perfeccionista e obsessiva. Então coisas minimalistas, descomplicadas e leves tem sido minha inspiração.
DVS – Você é multitalentosa: escreve, canta, toca, desenha, pinta, cozinha, é mãe e ainda anda de skate. Como consegue conciliar tudo isso?
Não consigo né meu bem. Antes de ter filho eu tinha uma certa organização, além de privilégio. Eu tive muitas oportunidades que a maioria não teve. Sou branca, de uma família classe média e isso, por si só, já responde muitas coisas ao meu ver. Mas mesmo dentro desse contexto sempre usei meu tempo nas coisas que eu gostava, como desenho, música, escrita, nunca curti muito sair à noite por exemplo e sou um pouco anti-social. Aí acabava sobrando mais tempo para essas outras coisas, hehe.
DVS – Para você qual a importância da manifestação artística na vida e no skate?
A arte expressa aquilo que a gente não pode explicar com o racional, com a mente, é um tipo de linguagem que para mim fica com 50% de responsabilidade de comunicaçã, hahaha.
É o que nos nutre de maneira profunda, nos conecta com o que não conseguimos expressar. No skate eu penso no skatista, que já é alguém que rompeu um pouco com coisas tradicionais. Pra esse cara (mina), faz muito mais sentido abraçar a arte junto com o skate, porque skate sem arte é tipo um corpo sem alma, uma carcaça sem vida.
DVS – Você tem muita experiência e vivência no skate feminino. E na sua opinião o que vc acha da atual cena do Skt feminino e o que falta para a profissionalização das Skatistas tanto em campeonatos como produtoras da própria cena ( Filmakers, produtoras, fotógrafas, e etc)?
Eu venho falando disso a algum tempo já toda vez que me perguntam o que falta pro skate feminino…e a primeira coisa na minha opinião é oportunidade abrangente. Abertura pras minas negras, pras mães, pras menos favorecidas financeiramente. A gente consegue melhorar isso com atitudes desde os campeonatos grandes não cobrarem uma fortuna pra inscrição, as mídias abrirem esse espaço pra contar as histórias, as marcas patrocinarem minas, e minas fora do padrão. Eu sempre tentei usar meus privilégios para conseguir coisas pro skate feminino, talvez não tenha sido o suficiente, eu entendo, mas vou continuar usando e não vou descansar até ver que melhorou o que as minas merecem..
Eu acho que aquelas que tão bem no game tem que usar a influência pra trazer o máximo de outras meninas com potencial pra perto, dentro do possível. Digo isso por constatação prática…desde a primeira capa da Tribo que fiquei enchendo o saco dos editores por meses até eles cederem a botar uma mina na capa, inúmeras skateparks que consegui mostrar o quão importante era uma sessão só de mina de graça ou pagando menos, até a igualdade da premiação em nível mundial vindo de um posicionamento apoiado por um grupo forte. Se nós não tivermos ali, ninguém vai fazer por nós…
Acho importante tb nos conectarmos de vdd e nos apoiarmos dentro do possível. É claro que as vezes vc nao se da bem com alguém e faz parte. Mas eu acredito que não adianta fazer discurso de inclusão e não ser acolhedora umas com as outras na prática. Eu mesma já fui muito mais fechada do que sou hoje em dia, e faz parte também do amadurecimento de cada uma se dar a chance de aprender. Hoje eu não consigo estar numa sessão com outras minas e não querer proporcionar um momento legal pra todo mundo. Então eu acho que passa por atitudes simples, o que tá ao seu alcance… desde um sorriso, ajudar com uma peça, somar nas idéias, exigir que a marca que te patrocina faça mais coisas relevantes pela categoria, contrate profissionais mulheres (principalmente negras), etc.. To falando isso e anotando aqui pra mim mesma tb pra jamais deixar passar!
DVS- um recado para as Skatistas?
Eu queria dar um recado não so pra skatistas mas pras minas que giram em torno do nosso universo. Primeiro é: pesquisem a história do skate, saibam quem veio antes de vocês e honrem essas mulheres. Todas foram importantes pra termos a liberdade que temos hoje. Não foi do dia pra noite e skate não começou em 2008! Se vc é fotografa, video maker, COLE com as minas do skate! A gente PRECISA de foto, de material, e vc quer aprender a filmar/fotografar skate é bom pra todo mundo! Eu faço isso direto, mando inbox pra minas que eu curto o trampo e peço ow, vem me fotografar? Vamos trocar? Já aconteceu várias vezes deu levar até essas minas pra dentro de marcas, fazermos trabalhos juntos e ser incrível. Criem, não tenham medo… façam sua arte. Desenho, colagem, rima, poesia, moda. E não tenham medo de errar, de ficar ruim, de ter que provar algo… E troquem muito, colaborem. O skate precisa de designers, estilistas, fotografas, DJS. Se juntem, façam eventos, zines, músicas, zueiras. Pra mim é indiscritível o poder que 2 ou 3 minas juntas fazendo uma parada verdadeira tem. Esse é mais pra quem tá chegando agora..vcs vao ver muito skate na tv daqui pra frente e eu quero que vcs saibam que skate NÅO é só aquilo. Aquilo é uma parte, relevante, mas é pra uma meia dúzia… a realidade de 99% não é essa e ninguém é menos legal por isso, aliás, tem muita gente que nunca correu um campeonato na vida que entende muito mais o que é ser skatista do que quem tá aparentemente “bem sucedido”. Se mantenha fiel ao seu principio e toda vez que tiver insegura ou tiver duvida se lembre porque diabos foi que vc começou a andar.
Fotos: @eduardobraz74 / arquivo pessoal da karen Jones
Texto: Tat Marques ( @tat_marques )
Arteras é um espaço de entrevista com as skatistas ( mulheres ) que praticam a arte alem do skate. Artes como: pintura, design, música, edições em videos, dança, literatura, moda entre outras tantas formas de expressão artística no instagram do Divas Skateras feito pela skatista e fundadora da Amee Skate Arte Tat Marques no intuito de informar e inspirar as pessoas com as diversidades dentro da cultura do skate .
Divas Skateras é um projeto idealizado pela skatista de Cuiabá Estefânia Lima, desde 2006, para promover e unir as skatistas de diferentes lugares do Brasil. Produziu grandes eventos como o encontro de skate feminino simultâneo no Brasil ” Divas Session” e o vídeo ” We Can Do It ” só com mulheres.
Texto feito pela Tat Marques ( @tat_marques) para o @divaskateras
@vitoriabortolo tem 23 anos e 12 de skate (mais da metade da vida andando de skate). É de Barretos, interior de SP e é a skatista da nova geração que mais se destaca na cena não só por seu estilo único e alto nível de skate mas também pelas suas colaborações com textos e ilustrações para a revista @cemporcentoskate e sendo intermediadora de podcasts da @blackmedia. Ela também foi capa da edição 214 da revista cemporcentoSKATE no ano de 2019, após anos sem uma menina na capa. Acompanhe a entrevista dessa multi artera.
DVS – O skate pra você é…
Essa é uma pergunta muito perguntada, notei que sempre a respondi de um jeito diferente do que da última vez. Nesse contexto, gostaria de resgatar uma lembrança de algo que alguém importante me disse uma vez: “Só gente bem resolvida sabe dizer o que faz nos domingos”. Dentro de minhas compreensões, conseguiram em uma frase pequena, tratar de questões gigantes de esclarecimentos e singularidades das pessoas.
Skate, além de ser minha preferência dentro das minhas coisas preferidas, é minha principal ferramenta de fazer perguntas e achar respostas, skate é minha lupa.
Aos domingos, assim como no resto dos dias da semana, eu prefiro andar de skate.
DVS – Qual é a sua arte?
Olha, eu sei fazer imitações de 98% das pessoas que conheço, @britneyscrew e companhia quem o diga (hahaha).
DVS – O que te fez seguir neste estilo?
Brincadeiras à parte e complementando a pergunta anterior, existe duas formas de se responder a essa pergunta. Profissionalmente/genericamente, me conduzo segundo as demandas, estando sempre consciente do por que e para quem estou fazendo, então nesse contexto, sou mais um camaleão do que eu mesma. Desculpa universo, parte de mim é uma publicitária que só quer saber dos trampos aprovados, aprendi do jeito difícil que minhas convicções não entram em jogo quando você trabalha para alguém. Individualmente (e é a partir daqui que a resposta fica legal) dispenso os mapas e sigo um caminho até a caverna do meu coração para descobrir o que andei cozinhando por ali (hahaha). Troco meu papel de camaleão por minhas singularidades que são variadas e imprevisíveis. Quando crio, escrevo ou ilustro sem pretensões, minhas consequências são sempre diferentes. Então, leitores e leitoras, que duraram até aqui: Me perdoem a redundância, no final das contas, não tenho pré-estética ou pré-assuntos para tratar antes de aparecer com a coisa pronta.
DVS – Qual a relação do skate com a sua arte?
O skate me refinou. Metaforicamente e literalmente, é ele quem me transporta para os mais variados universos. Com meu skate, remo colhendo referências por aí. DVS – De onde vem a inspiração?
Do que me passa.
DVS – Quais são suas músicas preferidas na HR da arte?
Gosto dos instrumentais do Angelo Badalamenti, gosto da pegada de Massive Attack, Tricky, Lovage, Smoke City e mais 10 linhas de grupos de trip-hop. Caso vocês gostem da ideia de ‘’skate é arte’’, nas sessões permeio entre pós-punk, uns sonzinhos flashbacks como Tears for Fears, Naked Eyes e Blondie, os alts como The The, House of Love, Sonic Youth, Jesus and Mary Chain, The Cry e etc. E antes que eu seja xingada por ignorar a existência de música nacional, peraê: Vai de Evinha a Metá Metá, tirando o fato de que minhas amigas cariocas já me ensinaram a escutar funk 150bpm.
DVS – Para vc, qual a importância da manifestação artística na vida e no skate?
É nessa pergunta que vou ter a atitude escrota de responder com uma frase pronta que não é minha (hahahah). ‘’A arte foi feita para perturbar, a ciência tranquiliza’’. Não se precisa dizer muito mais que isso né? Foi Georges Braque quem disse.
DVS – Quais artistas te inspiram?
Inumeráveis.
—– Ja viu o novo shape da AMEE com o desenho do artista plástico Flavio Grão? Clique aqui para saber como foi o processo da arte.
#divasskateras #skatefeminino #arteras
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InteraDivas é um espaço de entrevista com as skatistas ( mulheres ) de diferentes gerações, estilos e nível técnico no instagram do Divas Skateras feito pela skatista Tat Marques no intuito de informar e inspirar as pessoas com as diversidades das histórias.
Divas Skateras é um projeto idealizado pela skatista de Cuiabá Estefânia Lima, desde 2006, para promover e unir as skatistas de diferentes lugares do Brasil. Produziu grandes eventos como o encontro de skate feminino simultâneo no Brasil ” Divas Session” e o vídeo ” We Can Do It ” só com mulheres.
A skatista e professora de yoga, @kaliananda, disponibilizou pra gente 4 vídeos de yoga para fazer em casa e exercitarmos o nosso corpo e a nossa mente.
Confiram os videos aqui e deixem suas dúvidas e comentários aqui e la no insta do @divasketras .
Kali Ananda é natural de Curitiba- PR e além de skatista e professora de Yoga também é mãe.
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Precisa de fortalecer o joelhos: então veja essa matéria clicando aqui
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Esperamos que tenham ficado com o corpo e mente relaxados. Afinal não é só o skate que exercita o corpo e a mente. Outros exercícios combinado com o skate ajuda muito a prática e isso vem crescendo cada vez mais.
Pratique!
O dia 08 de março é muito importante para nos lembrar a importância das conquistas das mulheres em todo o seguimento. Não é um dia apenas para ganhar presentes e sim para ganhar respeito e igualdade pois infelizmente viemos de uma era machista cheia de abusos tanto psicológicos como físicos. Esses abusos são tão enraizados que muitas pessoas , inclusive mulheres, não tem conhecimento de que pratica o machismo. Na religião, no acadêmico, nos esportes , na política e dentro de casa essa herança machista ainda é forte, por mais conquistas que já foram ganhas.
Hoje aqui no blog da Amee vamos falar das principais conquistas no skate feminino. Claro que a lista é grande mas vou fazer recordações das principais conquistas pela qual foi moldando o skate feminino aqui no Brasil.
• Zine de skate feminino Nos anos 80 ( até antes) e 90 já tinham mulheres praticando skate. Elas começaram pelo freestyle e depois foi ganhando espaço no street. Mas foram as meninas do zine C.I.O. – Check It Out- que começaram a fazer um movimento importante para ganhar mais espaço na cena do skate que era extremamente machista e radical ( em todo o sentido). E elas criaram um espaço só feminino através do zine que não era apenas o zine e sim um movimento que fazia um trabalho de formiguinha coletando e incentivando meninas por onde passavam. Nessa época era quase impossível ter um espaço nas revistas andando de skate. As responsáveis por essa revista era a Liza Aráujo ( @liz_angeles) ,Luciana Toledo (@luciana_toledo77) e Ana Paula Negrão ( @anapaulanegrao) e foi através delas que também fizeram o 1º vídeo de skate feminino : Dona Maria
zines Check It Out
Na capa do zine: Amanda- SP ( 2000) e Catarina Hu ( 1998)
Essas meninas do zine junto com outras skatistas da época também foram responsáveis por lutar para ter a categoria em campeonatos. Elas buscavam meninas para completar de 3 a 5 competidoras para rolar a categoria, muitas vezes sem premiação. Isso foi crescendo até que em São Caetano do Sul já rolava os campeonatos com a categoria ( começo dos anos 90) e com os nomes : Luana de Souza ( RIP), Giuliana Ricomini, Renata Paschini, Alessandra Jurardi entre outras meninas .
Liza também foi responsável, junto a outras skatistas, pelo 1º campeonato feminino no Brasil ( veja mais aqui).
O 1º video de skate feminino no Brasil.- Dona Maria.
Dentre as skatistas, a Cherry ( RIP)
A 1º associação de skate feminina
Em 2002 surge a necessidade de uma organização mais séria para regulamentar os campeonatos femininos no Brasil. Com a ajuda da CBSK ( na época com o Alexandre Vianna como presidente).
A intenção da ABSFE era regulamentar os campeonatos que tinham a categoria feminina com mais seriedade e clareza nos critérios de julgamento , a obrigatoriedade da categoria feminina nos principais eventos e circuitos (que contavam pontos no ranking brasileiro) e mais tarde a divisão de categorias ( Fem1, fem2 e profissional).
Essa associação que teve como diretoria no inicio as skatistas : Patrícia Rezende (GOIAS) –presidente, Tatiane Marques ( SP) – vice presidente, Marta Linaldi ( SP) – secretária, Karen Jones (SP) – departamento de comunicações e relações publicas, Patiane Freitas(SP)- departamento de esportes, Ana Paula, Marcia (marca Bruaka) e Monica Messias (SP) – Departamento financeiro e Mirelle ( SP) – departamento jurídico. Depois foi mudando e tendo parceiras importante como a Evelyn Leine, Christie Aleixo e Renata Paschini .
Dessa associação surgiram muitas ideias como: Oficinas de skate só para as meninas que teve iniciativa da Evelyn Leine ( na época ela tinha o site ” skate para meninas” ) campeonatos só para meninas e circuitos da ABSFE que eram só femininos com divisão de categoria e homologado pela CBSK. Foram grandes conquistas que deu andamento para muitos eventos importante de hj e associações como a AFSK. Todo esse trabalho fez o skate feminino crescer na época surgindo nomes importantes no skate. Nessa época surgiam os blogs e sites direcionados só para skate feminino. O skate saia do papel e surgiam os sites: Garotas no Comando ( era da skatista Karen Jones), Skate Feminino Brasil ( da skatista Tat Marques ), Skate para Meninas ( da skatista Evelyn Leine) e depois o Divas Skateras ( da skatista Estefania Lima).
Campeonato Brasileiro de skate feminino realizado pela AFSK que começou em 2011 com 30 participantes e chegou a 180 skatistas divididas nas categorias: mirim, fem1, fem2, master e gran master em 2 modalidades: street e bowl.
Categoria profissional no skate feminino
O que era motivo de piada anos atras virou realidade através de muito esforço e skate! A categoria feminina precisava de mais um degrau para continuar essa evolução e foi chegada a hora de ter a categoria profissional no skate feminino com as primeiras profissionais : Christie Aleixo ( downhill), Karen Jones ( vertical), Renata Paschini ( vertical), Leticia Bufoni ( street) e Ligiane Xuxa ( Street) . Hj temos muitas profissionais mas a primeira foi em 2000 com a Christie Aleixo. E com isso veio os campeonatos profissionais só feminino ( Na verdade ja tinha la fora -USA_ e as meninas iam pra la competir) mais tarde aqui no Brasil com o campeonato realizada pela AFSK o Super Street Pro, em 2016 onde a Karen Feitosa e a Pamela Rosa passaram pra pro.
As skatistas começaram a assinar produtos como profissionais e a 1º foi a Ligiane Xuxa assinando seu pro model ( shape) da Amee Skate , logo veio a Karen Jones assinando tênis da Mary Jane e Renata Paschini também assinando shape pela Rattrap.
Video de lançamento do pro model da Ligiane Xuxa com a marca Amee Skate Arte
Igualdade na premiação
Não é novidade a diferença de premiação entre homens e mulheres em um evento. Em um evento e cotas/ salários para as skatistas / atletas. Isso não é uma realidade só no skate mas em todas as areas : moda, design, advocacia… e assim vai. Mas foi em um campeonato do Oi STU Open que aconteceu em 2016 que veio a tona essa questão.
A diferença entre valores nas premiações das meninas e meninos era gritante! Heis que rolou um movimento, não somente do skate, com a força da internet, mas com a sociedade toda que ficou indignada de ver essa diferença.
Essa foi uma questão importante que foi levantada e hj muitos eventos já igualaram as premiações dando mais oportunidade de crescimento para as skatistas que se dedicam a isso.
Ainda existe muitos atos machistas no meio do skate e nas maiorias do esporte. Mas o importante é saber que o trabalho esta sendo feito e as coisas estão melhorando. A conscientização sempre é o melhor caminho.
Graduada em Educação Física, Aline Dantas é skatista e campeã do Street Master de 2019. Além das competições, ela executa um trabalho admirável em Vitória (ES), sua cidade natal.
Ela vem dando aulas de skate para crianças especiais, em uma das inúmeras mostras de que Skate realmente é para todos, independente de suas dificuldades e/ou limitações.
Aproveitei e conversei com ela para saber mais sobre o projeto. Leia o bate-papo logo abaixo:
Como e quando teve o insight de desenvolver esse projeto?
A muitos anos atrás eu já sonhava em trabalhar com esse público, porém tive primeiro a oportunidade de trabalhar em um projeto social, onde tive uma experiência com uma aluna que chegou com um tipo de deficiência física, foi um desafio para mim ensinar ela andar de skate e uma superação para ela que nunca tinha vivenciado a pratica do skate. De lá para cá a vontade de ver a galera andando só foi aumentando dentro de mim, sempre acreditei que todos pudessem andar de skate, independente das suas limitações. Só que eu não tinha ideia de como iria fazer isso, comecei a querer levar o skate para lugares que atende esse público. Percebi que alguns lugares ficavam com pouco de receio pois acham o skate perigoso. Só que quando se tem um desejo de fazer algo que irá beneficiar outras pessoas, as coisas fluem de maneira extraordinária.
Onde o projeto funciona?
Fui convidada por uma professora a dar uma aula para os alunos das APAE do município que moro, Vitória – ES. Foi uma experiência sensacional, tive feedback maravilhoso, pois a galera formou fila para andar de skate. Daí pensei, é possível! E foi, hoje atuo com aulas particulares para um público específico: crianças com paralisia cerebral, e que tem tido um resultado fantástico com skate. E paralelo a isso tudo, desenvolvo um projeto em uma escola estadual que é 0800, só para alunos com uma turma de alunos autistas, paralisia cerebral e surdo.
Seu projeto auxilia crianças, jovens e adultos especiais. A prática estimula em quê?
A pratica do skate para esse público para além da inclusão ao esporte, trabalha vários quesitos, como concentração, interação, confiança, auto estima, além do fortalecimento muscular e estímulos motores e novas possibilidades.
Qual é a importância da existência de projetos como esse no skate?
O skate é uma ferramenta extraordinária de transformação, enquanto skatista meu maior desejo é continuar levando o skate para todas as pessoas que não tem acesso, porque eu não carrego só um pedaço de madeira com 4 rodinhas, carrego o amor e a esperança.
Quais são suas metas para 2020?
Concluir a faculdade, fazer um intercâmbio com projetos que trabalham com esse público, aplicar o projeto em outras escolas e ajudar a galera que tem o desejo de implementar projetos com skate. Casar e ter filhos pode entrar também? (risos).
TEXTO: Estefania Lima ( Site Divas Skateras)
Fonte: site 100%skate
A Crew feminina de skate do norte do Paraná, POP GIRL, fez uma promoção para não deixar o Dia Mundial do Skate passar em branco com um campeonato virtual. As meninas teve até o dia 30de junho para enviar um vídeo com até 15 segundos mandando uma trick em casa e ✨o mais importante ✨ usando a criatividade.
Os vídeos foram postados no feed @popgirlskate e o mais votado até o dia 10/07 leva um shape e uma camiseta da @ameeskate
Para votar no video mais legal é só ir até o insta da Pop Girl ( @popgirlskate ) e vote no seu vídeo preferido!!!
Credits é nome do primeiro vídeo de skate da Vans apenas com mulheres manobrando, filmado e editado pela skatista e filmaker australiana Shari White que apresenta as skatistas Una Farrar, Breana Geering e Fabiana Delfino. O vídeo foi captado em 4:3 com um mix de HD e Super 8, ao redor do mundo, e entregaram o resultado impecável em pouco menos de um ano.
O título remete aos “créditos”, onde as garotas geralmente apareciam nos vídeos de skate, sem partes completas e/ou principais. Agora, a realidade é outra e estamos vendo cada vez mais produções feitas com garotas e por elas.
– Para ver o 1º vídeo de skate feminino do Brasil clica aqui
Esse projeto conta com participações especiais de Beatrice Domond, Cher Strauberry, Clara Solar, Helena Long, Dayana Young, Poppy Starr e Adelaide Norris. Credits mostra muito bem como é a vivência das garotas de diferentes estilos, personalidades e habilidades, com um amor em comum, o skate.
“É disso que se trata o skate! O riso e a amizade, juntamente com as batalhas – espero que os espectadores tenham uma sensação desse sentimento.” (Shari White)
“Credits são apenas algumas melhores amigas se divertindo e fazendo um vídeo de skate.” (Breana Geering)
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Aqui no Brasil temos que ter mais produções como esse vídeo de skate (seja ela independente ou patrocinada): de mulher para mulher. Uma união que vai alem do ego e da espera.