Tag

mulher

Browsing

Conheço a Karen Jones há uns 16/17 anos e o que sempre me chamou à atenção foi a criatividade, multiatividades e o foco que tinha em seus diferentes objetivos. ⁣

Influência pesada na propagação do skate feminino com suas inúmeras aparições em revistas, tvs (já foi entrevistada pelo Jo Soares) e em propagandas. 1ª campeã mundial no vertical, representante brasileira do skate feminino em campeonatos dessa categoria, quando ainda estava em expansão.⁣

Lembro quando a vi acertar pela primeira vez um Bs Flip Indy, no half do Mineirinho (2005/2006), foi ali que eu tive certeza que o feminino no Brasil não ia ter limites. ⁣⁣
Lançou seu novo EP – O pequeno Excesso que você escuta clicando aqui.

Texto: Tat Marques
Para : Divas Skateras

 

Lançando seu EP


Acompanhem a entrevista da multi artera Karen Jones e suas artes atuais.⁣

DVS – O skate pra você é?⁣
Um caminho.⁣

DVS – Qual é a sua arte?⁣
Atualmente música.⁣

DVS – O que te fez seguir neste estilo?⁣
Faz muito sentido pra mim escrever e tocar. Desde que tive acesso a programas de gravação de áudio, fui fuçando, explorando sons, empilhando melodias. ⁣

DVS – Qual a relação do skate com a sua arte?⁣
A música faz parte do dia a dia, e escrever sobre também. Eu sofri muitas desilusões amorosas, poucas dentro do skate até. No fim das contas, acabo falando de sentimento. Acho que o skate influencia na maneira como vejo o mundo, as pessoas que tenho contato e como sou moldada por tudo isso também. Tive oportunidade de viajar, conhecer muitas culturas e acho que isso acaba refletindo no que produzo.⁣

DVS – De onde veio e vem a inspiração?⁣
Vou falar mais sobre a fase atual, senão vai virar um livro, rs. Acho que vem da simplicidade. De não complicar, de fazer “sem pensar”, sem deixar enroscar. Eu tenho tendência a ser perfeccionista e obsessiva. Então coisas minimalistas, descomplicadas e leves tem sido minha inspiração.⁣

 

Karen Jones- Foto @eduardobraz74

DVS – Você é multitalentosa: escreve, canta, toca, desenha, pinta, cozinha, é mãe e ainda anda de skate. Como consegue conciliar tudo isso?⁣
Não consigo né meu bem. Antes de ter filho eu tinha uma certa organização, além de privilégio. Eu tive muitas oportunidades que a maioria não teve. Sou branca, de uma família classe média e isso, por si só, já responde muitas coisas ao meu ver. Mas mesmo dentro desse contexto sempre usei meu tempo nas coisas que eu gostava, como desenho, música, escrita, nunca curti muito sair à noite por exemplo e sou um pouco anti-social. Aí acabava sobrando mais tempo para essas outras coisas, hehe. ⁣

Leia também a entrevista da artera – Vitoria Bortolo


DVS – Para você qual a importância da manifestação artística na vida e no skate?⁣
A arte expressa aquilo que a gente não pode explicar com o racional, com a mente, é um tipo de linguagem que para mim fica com 50% de responsabilidade de comunicaçã, hahaha. ⁣
É o que nos nutre de maneira profunda, nos conecta com o que não conseguimos expressar. No skate eu penso no skatista, que já é alguém que rompeu um pouco com coisas tradicionais. Pra esse cara (mina), faz muito mais sentido abraçar a arte junto com o skate, porque skate sem arte é tipo um corpo sem alma, uma carcaça sem vida.

 

 

DVS – Você tem muita experiência e vivência no skate feminino. E na sua opinião o que vc acha da atual cena do Skt feminino e o que falta para a profissionalização das Skatistas tanto em campeonatos como produtoras da própria cena ( Filmakers, produtoras, fotógrafas, e etc)?
Eu venho falando disso a algum tempo já toda vez que me perguntam o que falta pro skate feminino…e a primeira coisa na minha opinião é oportunidade abrangente. Abertura pras minas negras, pras mães, pras menos favorecidas financeiramente. A gente consegue melhorar isso com atitudes desde os campeonatos grandes não cobrarem uma fortuna pra inscrição, as mídias abrirem esse espaço pra contar as histórias, as marcas patrocinarem minas, e minas fora do padrão. Eu sempre tentei usar meus privilégios para conseguir coisas pro skate feminino, talvez não tenha sido o suficiente, eu entendo, mas vou continuar usando e não vou descansar até ver que melhorou o que as minas merecem..
Eu acho que aquelas que tão bem no game tem que usar a influência pra trazer o máximo de outras meninas com potencial pra perto, dentro do possível. Digo isso por constatação prática…desde a primeira capa da Tribo que fiquei enchendo o saco dos editores por meses até eles cederem a botar uma mina na capa, inúmeras skateparks que consegui mostrar o quão importante era uma sessão só de mina de graça ou pagando menos, até a igualdade da premiação em nível mundial vindo de um posicionamento apoiado por um grupo forte. Se nós não tivermos ali, ninguém vai fazer por nós…
Acho importante tb nos conectarmos de vdd e nos apoiarmos dentro do possível. É claro que as vezes vc nao se da bem com alguém e faz parte. Mas eu acredito que não adianta fazer discurso de inclusão e não ser acolhedora umas com as outras na prática. Eu mesma já fui muito mais fechada do que sou hoje em dia, e faz parte também do amadurecimento de cada uma se dar a chance de aprender. Hoje eu não consigo estar numa sessão com outras minas e não querer proporcionar um momento legal pra todo mundo. Então eu acho que passa por atitudes simples, o que tá ao seu alcance… desde um sorriso, ajudar com uma peça, somar nas idéias, exigir que a marca que te patrocina faça mais coisas relevantes pela categoria, contrate profissionais mulheres (principalmente negras), etc.. To falando isso e anotando aqui pra mim mesma tb pra jamais deixar passar!

 

DVS- um recado para as Skatistas?
Eu queria dar um recado não so pra skatistas mas pras minas que giram em torno do nosso universo. Primeiro é: pesquisem a história do skate, saibam quem veio antes de vocês e honrem essas mulheres. Todas foram importantes pra termos a liberdade que temos hoje. Não foi do dia pra noite e skate não começou em 2008!
Se vc é fotografa, video maker, COLE com as minas do skate! A gente PRECISA de foto, de material, e vc quer aprender a filmar/fotografar skate é bom pra todo mundo! Eu faço isso direto, mando inbox pra minas que eu curto o trampo e peço ow, vem me fotografar? Vamos trocar? Já aconteceu várias vezes deu levar até essas minas pra dentro de marcas, fazermos trabalhos juntos e ser incrível.
Criem, não tenham medo… façam sua arte. Desenho, colagem, rima, poesia, moda. E não tenham medo de errar, de ficar ruim, de ter que provar algo… E troquem muito, colaborem. O skate precisa de designers, estilistas, fotografas, DJS. Se juntem, façam eventos, zines, músicas, zueiras. Pra mim é indiscritível o poder que 2 ou 3 minas juntas fazendo uma parada verdadeira tem.
Esse é mais pra quem tá chegando agora..vcs vao ver muito skate na tv daqui pra frente e eu quero que vcs saibam que skate NÅO é só aquilo. Aquilo é uma parte, relevante, mas é pra uma meia dúzia… a realidade de 99% não é essa e ninguém é menos legal por isso, aliás, tem muita gente que nunca correu um campeonato na vida que entende muito mais o que é ser skatista do que quem tá aparentemente “bem sucedido”. Se mantenha fiel ao seu principio e toda vez que tiver insegura ou tiver duvida se lembre porque diabos foi que vc começou a andar.

Fotos: @eduardobraz74 / arquivo pessoal da karen Jones
Texto: Tat Marques ( @tat_marques )

#divasskateras #skatefeminino #skatefemininobrasil #skatebrasil #skatearte #arteras

 


 

Arteras é um espaço de entrevista com as skatistas ( mulheres ) que praticam a arte alem do skate. Artes como: pintura, design, música, edições em videos, dança, literatura, moda entre outras tantas formas de expressão artística no instagram do Divas Skateras feito pela skatista e fundadora da Amee Skate Arte Tat Marques no intuito de informar e inspirar as pessoas com as diversidades dentro da cultura do skate .

Divas Skateras é um projeto idealizado pela skatista de Cuiabá Estefânia Lima, desde 2006, para promover e unir as skatistas de diferentes lugares do Brasil. Produziu grandes eventos como o encontro de skate feminino simultâneo no Brasil ” Divas Session” e o vídeo ” We Can Do It ” só com mulheres.

O google fez um vídeo simplificando o motivo do empoderamento feminino de uma forma educativa e legal atravéz da frase que muitas já escutaram ao longo da vida : Só podia ser mulher .
Hoje vemos muitas discussões em relação a isso e a verdade é que estamos entrando em uma nova era que esse tipo de comportamento sobre a mulher ficou pra trás. E quem as praticam é considerado retrogrado.

—  Veja aqui um vídeo de skate feita somente por mulheres .

Isso é um caminho para alcançarmos a paz, igualdade e equilíbrio na sociedade. É a tão clamada nova era que esta impactando no estilo de vida, arte, profissão, skate e outros esportes.

Veja aqui também as principais conquistas no skate feminino. ( clica aqui )

Qual foi a frase mais machista que você mais escutou? escreva aqui pra nós.

AMEE

A Amee Skate Arte originalmente se iniciou como uma marca voltada somente para as mulheres e com o passar do tempo simplesmente ficou uma marca de SKATE , ou seja, sem gênero. Isso devido a demanda e a pedidos de todos. Mas a Amee sempre da espaço para o feminino na arte, no skate e em todas as outras areas! Nossa raíz é materna. =)
Amee.

texto original de 2016

A Amee skate deseja as mulheres ainda mais força para continuarem a revolucionar.
E também agradecer as mulheres que fizeram parte da historia da Amee como o 1º model assinado por uma skatista profissional, a Ligiane Xuxa  e a artista plástica que foi a 1º artista a assinar um model também. Sem contar as skatistas da equipe: Emily Souza Pipa, Natalia Niglli, Lorena Fernanda
que sempre nos fortalece testando nossos produtos, fazendo videos e etc.
Queremos agradecer as modelos que vestem Amee Skt Art a Nati da Cunha, a fotográfa Larissa Mattos por fazer um lookbook lindo, a Graci Santiago, por clicar muitas fotos com os produtos…
Enfim… são muitas as mulheres que nos ajudam!
Nós só temos a agradecer.
Obrigada por nos inspirar a fazer o que fazemos.
AMEE!

LIGIANE XUXA- Skatista profissional  e o seu model com a sua arte

 

Lookbook – Larissa Mattos

 

Silvana Mello, artista plástica, e o seu desenho

 

 

 

 

————–
ORIGEM DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER:

 

Dia Internacional da Mulher é celebrado em 8 de março. A ideia de criar o Dia da Mulher surgiu no final do Século XIX e início do século XX nos Estados Unidos[1] e na Europa, no contexto das lutas femininas por melhores condições de vida e trabalhode direito de voto. Em 26 de agosto de 1910, durante a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhaga, a líder socialista alemã Clara Zetkin propôs a instituição de uma celebração anual das lutas por direitos das mulheres trabalhadoras.[2][3]
As celebrações do Dia Internacional da Mulher ocorreram a partir de 1909 em diferentes dias de fevereiro e março, a depender do país [1]. A primeira celebração se deu em 28 de fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, seguida de manifestações e marchas em outros países europeus nos anos seguintes, usualmente durante a semana de comemorações da Comuna de Paris, ao final de março. As manifestações uniam o movimento socialista, que lutavam por igualdade de direitos econômicos, sociais e trabalhistas ao movimento sufragista, que lutava por igualdade de direitos políticos. Em 1910, durante uma conferência internacional das mulheres, que antecedeu a realização da reunião da Segunda Internacional Socialista de CopenhagueDinamarca, foi estabelecido o Dia Internacional da Mulher, celebrado no ano seguinte no dia 19 de março por meio de numerosas manifestações em países como Alemanha, Áustria-Hungria, Dinamarca e Suíça[4].
Posteriormente, no início de 1917 na Rússia, ocorreram manifestações de trabalhadoras russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Guerra Mundial. Os protestos foram brutalmente reprimidos, precipitando o início da Revolução de 1917.[5][6] A data da principal manifestação, 8 de março de 1917 (23 de fevereiro pelo calendário juliano), foi instituída como Dia Internacional da Mulher entre o movimento internacional socialista.
Após 1945, a data tornou-se principalmente um feriado comemorado nos países do chamado bloco comunista. Em 1955, segundo as autoras francesas Liliane Kandel e Françoise Picq, surgiu o mito de que a data teria como origem a celebração da luta e da greve de mulheres trabalhadoras do setor têxtil em Nova York em 1857 que haviam sido duramente reprimidas pela polícia ou mortas em um incêndio criminoso na fábrica, segundo diferentes versões do mito. Não há indícios de que isso tenha ocorrido e segundo as autoras, a origem desta versão ocorreu entre feministas francesas que durante a Guerra Fria buscavam uma origem à comemoração que estivesse desvinculada da história da luta socialista [7] [8].
Na antiga União Soviética, durante o stalinismo, o Dia Internacional da Mulher tornou-se elemento de propaganda partidária. Também era amplamente celebrado nos países do bloco socialista na Europa Ocidental.
Nos países ocidentais, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado no início do século, até a década de 1920, tendo sido esquecido por longo tempo e somente recuperado pelo movimento feminista na década de 1960. Na atualidade, a celebração do Dia Internacional da Mulher perdeu parcialmente o seu sentido original, adquirindo um caráter festivo e comercial. Nessa data, os empregadores, sem certamente pretender evocar o espírito das operárias grevistas do 8 de março de 1917,[8] costumam distribuir rosas vermelhas ou pequenos mimos entre suas empregadas.
Em 1975, foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e, em dezembro de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres.[9]
 
TEXTO ORIGINAL DA WIKIPEDIA
Pin It