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Amee Skate Arte

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A Crew feminina de skate do norte do Paraná, POP GIRL, fez uma promoção para não deixar o Dia Mundial do Skate passar em branco com um campeonato virtual. As meninas teve até o dia 30de junho para enviar um vídeo com até 15 segundos mandando uma trick  em casa e ✨o mais importante ✨ usando a criatividade.

Os vídeos foram postados no feed @popgirlskate e o mais votado até o dia 10/07 leva um shape e uma camiseta da @ameeskate
Para votar no video mais legal é só ir até o insta da Pop Girl ( @popgirlskate ) e vote no seu vídeo preferido!!!

 

 

Por: Amee Skate

Veja mais matéria  sobre a promoção 3 Tricks do Amee e Divas

Há tempos o skate luta pela igualdade de gênero, sexualidade, raça, classe e vemos mais liberdade em relação a diversidade dentro do skate e isso abre uma infinita possibilidade de como expressar a criatividade dentro dessa nossa cultura tão plural.

O skate é inclusivo.

Algumas marcas fizeram campanha para essa igualdade como é o caso da Nike com a Lacy Baker que hj é Léo Baker  e com alguns skatista assumindo a sexualidade, skatistas respeitados e com muito nível e história dentro do skate e da Vans com o querido skatista lendário Jeff Grosso que faleceu esse ano mas deixou muitas mensagens sobre inclusão dentro do skate.

Leo Baker ( Lacey Baker) e o skatista profissional Brian Anderson em campanha por igualdade da NikeSB

— Veja a coleção “orange label” que o Leo Baker fez pra Nike aqui

O skatista Brian Anderson

 

O Vans ‘Loveletters To LGBTQ+ que foi filmado no início deste ano (2020), antes da morte do lendário skatista e apresentador Jeff Grosso, que era um campeão do skate inclusivo.

Love Letters da Vans

 

Assista o video:

Leo Baker x Nike

AMEE

 

Veja materias sobre o skate feminino aqui

Conheço a Karen Jones há uns 16/17 anos e o que sempre me chamou à atenção foi a criatividade, multiatividades e o foco que tinha em seus diferentes objetivos. ⁣

Influência pesada na propagação do skate feminino com suas inúmeras aparições em revistas, tvs (já foi entrevistada pelo Jo Soares) e em propagandas. 1ª campeã mundial no vertical, representante brasileira do skate feminino em campeonatos dessa categoria, quando ainda estava em expansão.⁣

Lembro quando a vi acertar pela primeira vez um Bs Flip Indy, no half do Mineirinho (2005/2006), foi ali que eu tive certeza que o feminino no Brasil não ia ter limites. ⁣⁣
Lançou seu novo EP – O pequeno Excesso que você escuta clicando aqui.

Texto: Tat Marques
Para : Divas Skateras

 

Lançando seu EP


Acompanhem a entrevista da multi artera Karen Jones e suas artes atuais.⁣

DVS – O skate pra você é?⁣
Um caminho.⁣

DVS – Qual é a sua arte?⁣
Atualmente música.⁣

DVS – O que te fez seguir neste estilo?⁣
Faz muito sentido pra mim escrever e tocar. Desde que tive acesso a programas de gravação de áudio, fui fuçando, explorando sons, empilhando melodias. ⁣

DVS – Qual a relação do skate com a sua arte?⁣
A música faz parte do dia a dia, e escrever sobre também. Eu sofri muitas desilusões amorosas, poucas dentro do skate até. No fim das contas, acabo falando de sentimento. Acho que o skate influencia na maneira como vejo o mundo, as pessoas que tenho contato e como sou moldada por tudo isso também. Tive oportunidade de viajar, conhecer muitas culturas e acho que isso acaba refletindo no que produzo.⁣

DVS – De onde veio e vem a inspiração?⁣
Vou falar mais sobre a fase atual, senão vai virar um livro, rs. Acho que vem da simplicidade. De não complicar, de fazer “sem pensar”, sem deixar enroscar. Eu tenho tendência a ser perfeccionista e obsessiva. Então coisas minimalistas, descomplicadas e leves tem sido minha inspiração.⁣

 

Karen Jones- Foto @eduardobraz74

DVS – Você é multitalentosa: escreve, canta, toca, desenha, pinta, cozinha, é mãe e ainda anda de skate. Como consegue conciliar tudo isso?⁣
Não consigo né meu bem. Antes de ter filho eu tinha uma certa organização, além de privilégio. Eu tive muitas oportunidades que a maioria não teve. Sou branca, de uma família classe média e isso, por si só, já responde muitas coisas ao meu ver. Mas mesmo dentro desse contexto sempre usei meu tempo nas coisas que eu gostava, como desenho, música, escrita, nunca curti muito sair à noite por exemplo e sou um pouco anti-social. Aí acabava sobrando mais tempo para essas outras coisas, hehe. ⁣

Leia também a entrevista da artera – Vitoria Bortolo


DVS – Para você qual a importância da manifestação artística na vida e no skate?⁣
A arte expressa aquilo que a gente não pode explicar com o racional, com a mente, é um tipo de linguagem que para mim fica com 50% de responsabilidade de comunicaçã, hahaha. ⁣
É o que nos nutre de maneira profunda, nos conecta com o que não conseguimos expressar. No skate eu penso no skatista, que já é alguém que rompeu um pouco com coisas tradicionais. Pra esse cara (mina), faz muito mais sentido abraçar a arte junto com o skate, porque skate sem arte é tipo um corpo sem alma, uma carcaça sem vida.

 

 

DVS – Você tem muita experiência e vivência no skate feminino. E na sua opinião o que vc acha da atual cena do Skt feminino e o que falta para a profissionalização das Skatistas tanto em campeonatos como produtoras da própria cena ( Filmakers, produtoras, fotógrafas, e etc)?
Eu venho falando disso a algum tempo já toda vez que me perguntam o que falta pro skate feminino…e a primeira coisa na minha opinião é oportunidade abrangente. Abertura pras minas negras, pras mães, pras menos favorecidas financeiramente. A gente consegue melhorar isso com atitudes desde os campeonatos grandes não cobrarem uma fortuna pra inscrição, as mídias abrirem esse espaço pra contar as histórias, as marcas patrocinarem minas, e minas fora do padrão. Eu sempre tentei usar meus privilégios para conseguir coisas pro skate feminino, talvez não tenha sido o suficiente, eu entendo, mas vou continuar usando e não vou descansar até ver que melhorou o que as minas merecem..
Eu acho que aquelas que tão bem no game tem que usar a influência pra trazer o máximo de outras meninas com potencial pra perto, dentro do possível. Digo isso por constatação prática…desde a primeira capa da Tribo que fiquei enchendo o saco dos editores por meses até eles cederem a botar uma mina na capa, inúmeras skateparks que consegui mostrar o quão importante era uma sessão só de mina de graça ou pagando menos, até a igualdade da premiação em nível mundial vindo de um posicionamento apoiado por um grupo forte. Se nós não tivermos ali, ninguém vai fazer por nós…
Acho importante tb nos conectarmos de vdd e nos apoiarmos dentro do possível. É claro que as vezes vc nao se da bem com alguém e faz parte. Mas eu acredito que não adianta fazer discurso de inclusão e não ser acolhedora umas com as outras na prática. Eu mesma já fui muito mais fechada do que sou hoje em dia, e faz parte também do amadurecimento de cada uma se dar a chance de aprender. Hoje eu não consigo estar numa sessão com outras minas e não querer proporcionar um momento legal pra todo mundo. Então eu acho que passa por atitudes simples, o que tá ao seu alcance… desde um sorriso, ajudar com uma peça, somar nas idéias, exigir que a marca que te patrocina faça mais coisas relevantes pela categoria, contrate profissionais mulheres (principalmente negras), etc.. To falando isso e anotando aqui pra mim mesma tb pra jamais deixar passar!

 

DVS- um recado para as Skatistas?
Eu queria dar um recado não so pra skatistas mas pras minas que giram em torno do nosso universo. Primeiro é: pesquisem a história do skate, saibam quem veio antes de vocês e honrem essas mulheres. Todas foram importantes pra termos a liberdade que temos hoje. Não foi do dia pra noite e skate não começou em 2008!
Se vc é fotografa, video maker, COLE com as minas do skate! A gente PRECISA de foto, de material, e vc quer aprender a filmar/fotografar skate é bom pra todo mundo! Eu faço isso direto, mando inbox pra minas que eu curto o trampo e peço ow, vem me fotografar? Vamos trocar? Já aconteceu várias vezes deu levar até essas minas pra dentro de marcas, fazermos trabalhos juntos e ser incrível.
Criem, não tenham medo… façam sua arte. Desenho, colagem, rima, poesia, moda. E não tenham medo de errar, de ficar ruim, de ter que provar algo… E troquem muito, colaborem. O skate precisa de designers, estilistas, fotografas, DJS. Se juntem, façam eventos, zines, músicas, zueiras. Pra mim é indiscritível o poder que 2 ou 3 minas juntas fazendo uma parada verdadeira tem.
Esse é mais pra quem tá chegando agora..vcs vao ver muito skate na tv daqui pra frente e eu quero que vcs saibam que skate NÅO é só aquilo. Aquilo é uma parte, relevante, mas é pra uma meia dúzia… a realidade de 99% não é essa e ninguém é menos legal por isso, aliás, tem muita gente que nunca correu um campeonato na vida que entende muito mais o que é ser skatista do que quem tá aparentemente “bem sucedido”. Se mantenha fiel ao seu principio e toda vez que tiver insegura ou tiver duvida se lembre porque diabos foi que vc começou a andar.

Fotos: @eduardobraz74 / arquivo pessoal da karen Jones
Texto: Tat Marques ( @tat_marques )

#divasskateras #skatefeminino #skatefemininobrasil #skatebrasil #skatearte #arteras

 


 

Arteras é um espaço de entrevista com as skatistas ( mulheres ) que praticam a arte alem do skate. Artes como: pintura, design, música, edições em videos, dança, literatura, moda entre outras tantas formas de expressão artística no instagram do Divas Skateras feito pela skatista e fundadora da Amee Skate Arte Tat Marques no intuito de informar e inspirar as pessoas com as diversidades dentro da cultura do skate .

Divas Skateras é um projeto idealizado pela skatista de Cuiabá Estefânia Lima, desde 2006, para promover e unir as skatistas de diferentes lugares do Brasil. Produziu grandes eventos como o encontro de skate feminino simultâneo no Brasil ” Divas Session” e o vídeo ” We Can Do It ” só com mulheres.

O Dia Mundial do Skate, comemorado no dia 21 de junho, é uma data comemorativa criada pela Associação Internacional de Empresas de Skate ( International Association of Skateboard Companies – IASC )  para promover o skate no mercado. Essa data comemorativa foi iniciada em Nova York por Kerel “SriKala” Roach e Bryan Chin em 2002 originalmente chamado de All Star City Skate Jam e mais tarde renomeado para Go Skate Day em 2004.

Em 2006, mais de 350 eventos ocorreram em 32 países ao redor do mundo ( o Brasil esta incluído ) e no ano seguinte o IASC recebeu o reconhecimento especial do congresso da congressista americana Loretta Sanchez por seu trabalho na promoção do esporte do skate e no incentivo aos jovens para sair e praticar o skate.

dia mundial do skate
go skateboarding day

No Brasil, em 26 de junho 1995 , foi aprovada pela Câmara Municipal de São Paulo uma lei de autoria do ex-vereador Alberto Turco Loco, que institui o dia 03 de agosto como dia Municipal do Skate em São Paulo.

Uma data importante para o reconhecimento do skate como uma atividade muito boa para o corpo e mente e não marginalizado como era antes.

Segue as artes feitas para o Go Skateboarding Day desde 2009 pela Amee Skate:

 

Artes de 2018 e 2019
Artes de 2015 e 2017
Artes de 2013 e 2014
Artes de 2009 e 2010

 

Viva o skate que vai alem de uma pratica esportiva. É um estilo de vida onde envolve arte, amor e uma cultura que muitos tentam entender mas só quem é skatista entende.

Veja aqui os novos nomes da diretoria da CBSK

Vai andar de skate!!!

Por : Amee Skate Arte

A mineira Cachorro Molhado Crew lança seu novo vídeo “CHRIS e GREG numa quarta-feira de cinzas” . Filmado numa quarta-feira de carnaval, o vídeo marca uma nova fase na produção do grupo e ainda constrói uma atmosfera reflexiva e melancólica condizente com nossos tempos atuais. Fizemos uma entrevista com as pessoas envolvidas no projeto, confira: 

 

Texto por: João Lucas Teixeira (@joaolucasrt @woskatearte)

 

J- É difícil entrevistar amigos, melhores amigos é ainda mais difícil. Eu sentei com Max Souza, músico multi-instrumentista e um dos skatistas do vídeo, para conversar nosso último projeto e reencontrar um amigo numa tarde chuvosa, perfeita pra ocasião. Com guitarra na mão e sorriso no rosto, falamos do projeto, da nossa trajetória nesses tempo pré-pandemia, sobre o como a arte está se transformando na pandemia e no o que isso significa para nós skatistas-artistas.

PARA QUEM NÃO ASSISTIU: 

 

J- Pra começar, quem é o Max Souza? A pessoa, o músico e o skatista.

 

M- Quem sou eu? Legal essa pergunta. No início, antes do skate, aquela coisa de infância pra adolescência eu era o Maxwell, um músico dedicado, desde muleque eu já tocava bateria, guitarra na igreja em que minha família frequentava. Daí veio essa febre de ver os caras andando de skate na calçada de casa, o “rolimã que não parecia rolimã”. Quando eu penso no início eu penso nisso, na pré-adolescência quando a mente foi começando a abrir, quando comecei a tomar uma noção de mundo, abri os olhos pros detalhes. Depois disso eu saí da igreja, vi um skate na papelaria, quase que naquela ideia de montar uma bateria (risos) Eu estudei, fiz minhas coisas e consegui comprar o skate. A partir daí as coisas tomaram um rumo, eu conheci a galera, comecei a andar de skate. Nesse momento eu fui morar muito perto da pista de skate, e tinha um movimento grande de skate na minha rua, então eu sempre tava andando. Eu tinha uma amigo que morava perto da minha casa, a gente sempre jogava muito tony hawk e acabamos juntando pra andar. Esse meu amigo nunca me deixava sem skate pra andar e partir daí o skate começou pra mim. Fui arrumando uns trampos, comprando peças e fui entrando nesse mundo, depois que eu descobri o freestyle, influenciado pelos grandes mestres, eu fui achando essa liberdade pra me expressar no skate. Não era sobre manobras, mas essa visão diferente, de ser algo natural, prazeroso.  Isso me influenciou muito na música para continuar tocando e experimentando.

 

VIDEO SKATE ARTE - “CHRIS e GREG numa quarta-feira de cinzas”
Max gravou a música do vídeo no mesmo dia da gravação das manobras na área de sua casa antes de sair pra filmar. Foto: João Lucas Teixeira

 

J – De onde vem o CHRIS e GREG que dá nome ao vídeo?

 

M- Eu não lembro os detalhes, mas um dia eu trombei com um cara com uma bike laranja empinando a bike no meio da rua. Eu nem sei se ele sabia o que era skate e eu pra lá e pra cá assim, de repente aconteceu esse encontro. Aí foi eu na casa dele, ele aqui em casa, a gente trocava uns games como se fosse figurinha… e ele me aparece com um skate. O rolê era constante e um dia minha mãe apareceu com essa coisa do Chris e Greg aqui em casa. Nisso já tem quase uns 8 anos que já tem esse Chris e Greg (risos). A gente ia pra aula de skate, pra andar de skate, saí da aula passava em casa pra almoçar e já saia pra andar de skate de novo. E olha nessa época um nem gostava de ir pra escola. (risos)

 

VIDEO SKATE ARTE - “CHRIS e GREG numa quarta-feira de cinzas”
O Greg (João Lucas Teixeira) pelas ruas de Rio Pomba – MG. Foto: Max Souza

J- Eu (Greg) e sua mãe já tínhamos até um combinado, que cê precisava de companhia pra poder ir pra aula e eu precisava de companhia pra andar de skate na escola. (risos) saudades dessa época. A partir daí foi um momento que a gente parou e começou a começou a pensar que a gente podia fazer conteúdo de skate de qualidade e acho que dessa fagulha foi nascendo a ideia tantos desses artista que viemos nos tornar tanto do que hoje viria ser a crew (Cachorro Molhado). Como você vê essa sua relação do seu skate com a sua música?

 

Max – Essa época foi importante pra mim porque foi quando eu comecei a levar essa coisa da música mais sério, eram 3 coisas, ir pra escola, andar de skate e tocar. Essa rotina foi me acompanhando, fui tocando mais guitarra, tirando as músicas do Guitar Hero, aquelas playlist de música de vídeo de skate que cê me passou e sempre intercalando rolê e tocar. Eu encontrei as pessoas (da CM) e fui criando amizades, que até hoje existem e foram se fortalecendo. Nessa mesma época eu fui convidado para tocar num show e isso foi crescendo no que virou essa vida de músico profissional. Eu estar tocando pras pessoas foi ficando confortável, essa coisa de apresentar era como se fosse a sala de casa e o skate me ajudou muito nisso, as metas que eu trazia do skate me ajudavam a lidar com os desafios da música.

A persistência, essa sensação de liberdade. Eu não me vejo nessa timeline da minha vida agora sem o skate. Isso me possibilitou muitas coisas.

 

J – Como foi o processo de gravação do CHRIS e GREG?

 

O dia da gravação não tava propício pra andar muito ou tocar muito. Eu tinha feito 8 ou 9 shows no carnaval (Max é Baterista numa banda atualmente) e com uma mudança pra fazer no dia seguinte não ia dar pra andar de skate freneticamente (risos). Você passou lá em casa, gravamos a música e saímos de lá pra andar. Não foi a  vontade de gravar skate ou de tocar que fez isso acontecer, foi a vontade que a gente tava sentindo na hora, de se conectar, de aproveitar o momento que a gente tinha e registrar isso. É uma forma que a gente encontrou de compartilhar esse sentimento daquele dia. Essa dia ganhou vida. Um dia cinza com gotas d’água caindo nas poça. Ganhou muita vida.

 

J- É um contraste tão grande do que naquela época e até o que a gente tava vivendo pouco antes da pandemia, essa liberdade, esse estar fora de casa. Como cê tá lidando com esse afastamento social e quarentena?

 

M- Eu sempre tive essa coisa de me inspirar nos acontecimentos do dia-a-dia para tocar, a música acompanha a vida. Nessa fase que a gente tá vivendo agora parece que deu uma travada nisso, até porque a gente tem que passar ver a coisa com outros olhos ou as vezes por uma tela ou só fragmentos de algo. Parece que minha mente ficou mais sensível para a estética da coisa, as sensações. Sempre pensava coisas em blocos, saía do rolê e ia pra casa pensando numa música, chegava e mcasa e tocava a música. Hoje em dia, como não tem esse fluxo do rolê, eu vejo as coisas e vejo formas, imagens, filosofia e tento entender o que aquilo quer dizer. Outro dia eu saí aqui no portão de casa e olhei pro céu, eu nunca tinha visto tanta pipa no céu. Era uma coisa linda, o céu azulzinho e aquele tanto de pipa colorida, na hora eu imaginei uma capa de álbum. Confesso que estou meio distante de estudar técnicas e práticas novas porque não estou tendo shows para tocar, mas estou pesquisando músicas, artistas e vendo essa experiência geral assim, a partir de quem está escutando e não tocando. Foi uma troca de perspectiva assim.

 

VIDEO SKATE ARTE - “CHRIS e GREG numa quarta-feira de cinzas”
Um momento lindo e sincero nas gravações do vídeo Foto: João Lucas Teixeira

J – Você acha que nós como artista talvez teríamos de usar esse tempo para estudar coisas fora de sua área, pra explorar mais e unir esse momento que estamos fechados em casa a uma pesquisa sobre como nos tornar artistas e pessoas melhores para com a sociedade?

 

M – Na minha visão, como artista, estamos sempre num meio termo, um muro, de sair da sua zona de conforto para a criação e ao mesmo tempo nos sentindo estagnados. Eu to passando pela fase da estagnação. Fico meio perdido pra produzir, o que vou estudar me sentindo com muito tempo ou até sem tempo, talvez porque a gente recebe muita informação o tempo todo. Isso é o lado ruim, agora o lado bom, é que talvez com essas coisas o artista se sinta mais inspirado pra fazer mais coisas, estudar mais coisas, se informar mais sobre o que está fazendo ou sobre os detalhes do que está fazendo. Acho que vamos ficar mais sensíveis um ao outro e que isso pode ajudar no futuro. A arte é sobre quem vê, não só sobre quem faz. Na arte tudo importa, assim como no mundo, as pessoas importam cada uma delas e precisamos ter isso na cabeça pra montar um futuro melhor. Nosso vídeo mesmo foi uma coisa que eu achei que traduz essa sensação, dessa atenção dos detalhes pra mostrar um universo, e aquele dia ganhou vida, registrado pra sempre. Talvez seja uma boa hora pra eu te mandar um texto que uma amiga minha me mandou sobre o nosso último vídeo logo depois de ter assistido:

 

“Mas dá uma melancolia na gente essa música, faz a gente ficar olhando vocês andando de skate como se fosse a nossa vida passando. Os momentos bons, os erros, os acertos; assim como vocês com seus movimentos no skate. Quando tem hora que quase dão de cara com um carro kkk parece quando a gente dá de cara com uma situação ruim mas aí vocês saem sorrindo depois. Quando vocês acertam, vocês sorriem o dobro. Talvez fique essa lição sobre sorrir, sempre sorrir…” – Jôvania Alves 

 

J- Com essa linda declaração terminamos a entrevista. Muito obrigado Jôvania e Max pelas palavras, obrigado Amee Skate pelo espaço pra falar e expandir esse universo do Chris e Greg. Sigam a CM @_cachorromolhado e o Max Souza @maxsouza_dr no insta para acompanhar a crew e o trabalho do artista!

Até a próxima galera, fiquem em casa e lavem as mãos!

Mais post do João : Collab Amee x Grão

#skatearte

 

 Texto feito pela Tat Marques ( @tat_marques) para o @divaskateras


@vitoriabortolo tem 23 anos e 12 de skate (mais da metade da vida andando de skate). É de Barretos, interior de SP e é a skatista da nova geração que mais se destaca na cena não só por seu estilo único e alto nível de skate mas também pelas suas colaborações com textos e ilustrações para a revista @cemporcentoskate e sendo intermediadora de podcasts da @blackmedia. Ela também foi capa da edição 214 da revista cemporcentoSKATE no ano de 2019, após anos sem uma menina na capa. Acompanhe a entrevista dessa multi artera.⁣

DVS – O skate pra você é…⁣
Essa é uma pergunta muito perguntada, notei que sempre a respondi de um jeito diferente do que da última vez. Nesse contexto, gostaria de resgatar uma lembrança de algo que alguém importante me disse uma vez: “Só gente bem resolvida sabe dizer o que faz nos domingos”. Dentro de minhas compreensões, conseguiram em uma frase pequena, tratar de questões gigantes de esclarecimentos e singularidades das pessoas.⁣
Skate, além de ser minha preferência dentro das minhas coisas preferidas, é minha principal ferramenta de fazer perguntas e achar respostas, skate é minha lupa.⁣
Aos domingos, assim como no resto dos dias da semana, eu prefiro andar de skate.⁣

foto: Anairam ( @anairamdeleon)

 

foto: @allancarvalho para edição #214 da revista @cemporcentoskate

DVS – Qual é a sua arte?⁣
Olha, eu sei fazer imitações de 98% das pessoas que conheço, @britneyscrew e companhia quem o diga (hahaha).⁣

artes- Vitória Bortolo

DVS – O que te fez seguir neste estilo?⁣
Brincadeiras à parte e complementando a pergunta anterior, existe duas formas de se responder a essa pergunta. Profissionalmente/genericamente, me conduzo segundo as demandas, estando sempre consciente do por que e para quem estou fazendo, então nesse contexto, sou mais um camaleão do que eu mesma. Desculpa universo, parte de mim é uma publicitária que só quer saber dos trampos aprovados, aprendi do jeito difícil que minhas convicções não entram em jogo quando você trabalha para alguém. Individualmente (e é a partir daqui que a resposta fica legal) dispenso os mapas e sigo um caminho até a caverna do meu coração para descobrir o que andei cozinhando por ali (hahaha). Troco meu papel de camaleão por minhas singularidades que são variadas e imprevisíveis. Quando crio, escrevo ou ilustro sem pretensões, minhas consequências são sempre diferentes. Então, leitores e leitoras, que duraram até aqui: Me perdoem a redundância, no final das contas, não tenho pré-estética ou pré-assuntos para tratar antes de aparecer com a coisa pronta.⁣

Arte- Vitória Bortolo

DVS – Qual a relação do skate com a sua arte?⁣
O skate me refinou. Metaforicamente e literalmente, é ele quem me transporta para os mais variados universos. Com meu skate, remo colhendo referências por aí.⁣

DVS – De onde vem a inspiração?⁣
Do que me passa.⁣

Capa da revista 100% Skate (@cemporcentoskate ) edição #214 – foto: @allancarvalho

DVS – Quais são suas músicas preferidas na HR da arte?
Gosto dos instrumentais do Angelo Badalamenti, gosto da pegada de Massive Attack, Tricky, Lovage, Smoke City e mais 10 linhas de grupos de trip-hop. Caso vocês gostem da ideia de ‘’skate é arte’’, nas sessões permeio entre pós-punk, uns sonzinhos flashbacks como Tears for Fears, Naked Eyes e Blondie, os alts como The The, House of Love, Sonic Youth, Jesus and Mary Chain, The Cry e etc. E antes que eu seja xingada por ignorar a existência de música nacional, peraê: Vai de Evinha a Metá Metá, tirando o fato de que minhas amigas cariocas já me ensinaram a escutar funk 150bpm.⁣

 

DVS – Para vc, qual a importância da manifestação artística na vida e no skate?⁣
É nessa pergunta que vou ter a atitude escrota de responder com uma frase pronta que não é minha (hahahah). ‘’A arte foi feita para perturbar, a ciência tranquiliza’’. Não se precisa dizer muito mais que isso né? Foi Georges Braque quem disse.⁣

DVS – Quais artistas te inspiram?
Inumeráveis.⁣

 

 

—– Ja viu o novo shape da AMEE  com o desenho do artista plástico Flavio Grão? Clique aqui para saber como foi o processo da arte.

 


#divasskateras #skatefeminino #arteras

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InteraDivas é um espaço de entrevista com as skatistas ( mulheres ) de diferentes gerações, estilos e nível técnico no instagram do Divas Skateras feito pela skatista Tat Marques no intuito de informar e inspirar as pessoas com as diversidades das  histórias.

Divas Skateras é um projeto idealizado pela skatista de Cuiabá Estefânia Lima, desde 2006, para promover e unir as skatistas de diferentes lugares do Brasil. Produziu grandes eventos como o encontro de skate feminino simultâneo no Brasil ” Divas Session” e o vídeo ” We Can Do It ” só com mulheres.

   O skate feminino esta ganhando muita visibilidade o que esta ajudando a categoria a evoluir e crescer. Entre tantos filmes de skate  feminino, Skate kitchen ( o mais popular  e atual), é um filme sobre a adolescência e o life style do  skate feminino  que evoluiu para um seriado na HBO: Betty

 SKATE KITCHEN

  É sobre um grupo de adolescentes feminino de skate que passa a ser frequentado por uma solitária jovem suburbana, Camille (Rachelle Vinberg @rachellevinberg). Em meio à cidade de Nova York, ela inicia um processo de auto-descoberta enquanto vivência, pela primeira vez, a real sensação de pertencimento e o significado da amizade. No filme tem mais skatistas como: Nina Moran ( @ninamoninamoninamo2 ) , Ardelia Lovelace (@dedelovelace), Kabrina Adams (@moonbeardiedhere) e Nico Hiraga (@nicotheduffer) .
  O filme  esta disponível neste site ( da produtora) :  Magnolia   onde vai te direcionar  para outros aplicativos pagos.
Cartaz do filme Skate Kitchen
Cartaz do Filme – Skate Kitchen
foto da cena do filme.
Cenas do filme
Cenas do filme: Rachelle Vinberg e o filho do Will Smith, Jaden Smith que teve participação

   Lançado em 10 de dezembro de 2018 (Brasil) tem a  Direção de Crystal Moselle  que fez sua estreia no cinema de ficção com Skate Kitchen, destaque do Festival de Sundance de 2018, e também responsável pelo  documentário” Os Irmãos Lobo” ( The Wolfpack ) que fala sobre seis irmãos que passaram a vida trancados em um apartamento. 

Ambos possuem algumas características em comum como grupos de personagens muito fechados entre si e  um caráter documental e naturalista mas que também são antagônicos. Enquanto o documentário ( The Wolfpack) era sobre ficar preso em seu mundo, a ficção( Skate Kitchen ) é sobre uma descoberta da liberdade, ainda que acompanhada de consequências.

  Outro detalhe legal é que foi produzido pelo brasileiro Rodrigo Texeira, responsável por inúmeros filmes no brasil como por exemplo: O cheiro do Ralo.

  O filme é distribuído por : Magnolia Pictures e teve indicação ao: Prêmio Gotham de Diretor RevelaçãoGotham Independent Film Awards: Prêmio da Audiência.

——- Precisa de shapes? acesse: AMEE LOJA

 BETTY ( SERIADO DA HBO)

CARTAZ DO SERIADO BETTY NA HBO

Pegando carona no filme The Kitchen a HBO encomendou uma série com a mesma diretora que seria uma continuação mas com o nome de Betty (No mundo dos skatistas, “Betty” é uma gíria para uma garota atraente.). O seriado é sobre um grupo de mulheres que vivem  na cidade de Nova York e que abrem caminho em uma cena dominada por homens: o skate.
 Sua estreia foi no dia 1 de maio nos USA mas no  Brasil vai estrear no dia 14 de junho as 12:30H no HBO Plus.

 

Entre as 5 personagens de Betty incluem : a lésbica Kirt (Nina Moran), a tímida cineasta Honeybear (Moonbear), semi-fechada e não gosta de colocar etiquetas em si mesma, a diva Janay (Dede Lovelace), a garota rica Indigo (Ajani Russell) e a desajustada socialmente desajeitada Camille (Rachelle Vinberg) cuja tendência é mostrar mais lealdade aos homens skatistas o que faz com que as garotas as excluem do role.

O elenco de meninas é o mesmo do filme.

Cenas do seriado: Betty com o mesmo elenco de meninas

 

Elenco

ESTILO E TENDÊNCIA

  O estilo do skate feminino tanto no filme como no seriado despertou interesse do mundo fashion e de ícones famosos como o do Pharrel Williams pelo qual falou muito bem sobre os figurinos e achou muito original o estilo.     Alem disso também encorajou as meninas a se sentirem mais a vontade de vestirem como querem sem rótulos e preconceitos, que por ser um meio muito machista as mulheres acabam sofrendo e isso é uma tendência. .
Com certeza este filme e seriado influenciou muita muitas skatistas e simpatizantes.

 

foto: Dazed
foto: Dazed – Nina Moran
foto : Dazed
foto : Dazed – Rachelli Vinberg e Kabrina

Ja viu o filme Credits? É um filme de skate feminino feito e realizado por mulheres.
clica aqui

Por: Amee Skate
fonte: Goggle , HBO
Pesquisas: Adoro Cinema , Dazed

A Confederação Brasileira de Skate (CBSk) anuncia a formação do seu novo corpo diretivo, que agora passa a contar com Alexandre Costa (Diretor Jurídico), Lauro Netto (Diretor de Arbitragem), Paulo Davi (Diretor Financeiro) e Maurício Massote (Secretário). Sandro Dias, o Mineirinho, segue como Diretor Esportivo da entidade.

 

nova diretoria da CBSK

“Estamos agregando mais nomes importantes à nossa gestão. Dois ex-integrantes da diretoria (Tatiana Lobo e Edson Scander) seguem conosco como colaboradores. Além disso, o Osmar Lattuca (ex-diretor Jurídico) está nos auxiliando a criar o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) da CBSk”, destaca Eduardo Musa, presidente da CBSk.

Tatiana Lobo, até então Diretora de Comunicação, passa a ocupar o cargo de Gerente de Esportes. Edson Scander, que desempenhava o papel de Secretário da entidade, se dedica a partir de agora exclusivamente ao cargo de Supervisor de Esportes.

A CBSk agradece a Jorge Kuge (Financeiro), a Osmar Lattuca (Jurídico) e a Roberto Maçaneiro (Arbitragem) pela dedicação e grande trabalho prestado à Confederação durante o período que integraram o corpo diretivo da mesma.

Confira no site da CBSk o perfil dos quatro novos integrantes do corpo diretivo: https://bit.ly/2RYcwC0

—-> Conheça os nomes dos skatistas que vão para as Olimpíadas clicando aqui

Texto: CBSK

O google fez um vídeo simplificando o motivo do empoderamento feminino de uma forma educativa e legal atravéz da frase que muitas já escutaram ao longo da vida : Só podia ser mulher .
Hoje vemos muitas discussões em relação a isso e a verdade é que estamos entrando em uma nova era que esse tipo de comportamento sobre a mulher ficou pra trás. E quem as praticam é considerado retrogrado.

—  Veja aqui um vídeo de skate feita somente por mulheres .

Isso é um caminho para alcançarmos a paz, igualdade e equilíbrio na sociedade. É a tão clamada nova era que esta impactando no estilo de vida, arte, profissão, skate e outros esportes.

Veja aqui também as principais conquistas no skate feminino. ( clica aqui )

Qual foi a frase mais machista que você mais escutou? escreva aqui pra nós.

AMEE

  Credits é nome do primeiro vídeo de skate da Vans apenas com mulheres manobrando, filmado e editado pela skatista e filmaker australiana Shari White que apresenta as skatistas Una Farrar, Breana Geering e Fabiana Delfino. O vídeo foi captado em 4:3 com um mix de HD e Super 8, ao redor do mundo, e entregaram o resultado impecável em pouco menos de um ano.

O título remete aos “créditos”, onde as garotas geralmente apareciam nos vídeos de skate, sem partes completas e/ou principais. Agora, a realidade é outra e estamos vendo cada vez mais produções feitas com garotas e por elas.

– Para ver o 1º  vídeo de skate feminino do Brasil clica aqui

Esse projeto conta com participações especiais de Beatrice Domond, Cher Strauberry, Clara Solar, Helena Long, Dayana Young, Poppy Starr e Adelaide Norris. Credits mostra muito bem como é a vivência das garotas de diferentes estilos, personalidades e habilidades, com um amor em comum, o skate.

“É disso que se trata o skate! O riso e a amizade, juntamente com as batalhas – espero que os espectadores tenham uma sensação desse sentimento.” (Shari White)

“Credits são apenas algumas melhores amigas se divertindo e fazendo um vídeo de skate.” (Breana Geering)

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Aqui no Brasil temos que ter mais produções como esse vídeo de skate (seja ela independente ou patrocinada): de mulher para mulher. Uma união que vai alem do ego e da espera.

AMEE.

Por: Estêfania Lima ( @divaskateras)
Fonte: site 100% skate

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